18 ago A Força da IoT no mercado corporativo brasileiro
Tecnologia pode gerar até um milhão de empregos em 2 anos e meio.
IOT – Internet of Things (Internet das Coisas). Apesar do nome ser novo, o conceito de M2M (Machine-2-Machine) é antigo, com empresas do segmento industrial do mundo todo tendo feito uso há décadas desse tipo de sistema. Esse tipo de tecnologia permite a coleta de informações, ajudando a otimizar a gestão operacional das empresas, integrando os dados coletados aos processos de negócios, tornando a tomada de decisão dos gestores mais estratégica e “data driven”.
Mas por que a IoT está se tornando um movimento tão forte agora, se as empresas já utilizam sistemas M2M há décadas? A resposta está no momento de transformação digital que vivemos, a chamada jornada digital. A nova realidade que as empresas enfrentam é apenas uma: ou se adaptam aos novos consumidores, modelos e processos de negócios e tecnologias, ou irão desaparecer. E se adaptar a novas tecnologias significa evoluir com elas. Essa evolução pode ser vista dos sistemas M2M tradicionais para a tecnologia IoT.
O problema com os sistemas M2M antigos é que eles são largamente proprietários e inflexíveis. Eles requerem hardware especializado e conectividade de networking de alto custo. Além das despesas do um sistema integrado de ponta que transforma informações em processos de negócio. O sistema M2M como conhecemos hoje carece de segurança, gerência de sistema e da análise para a empresa (comentamos esse ponto no post “a internet das coisas pode ser a arma secreta para o JDEdwards”), e essa carência abre precedentes para que novas tecnologias surjam e melhorem processos. Uma vez que a possibilidade de melhorar os processos é apresentada, essa nova tecnologia integradora começou a ser mais conhecida e utilizada pelo mercado. E a demanda só parece aumentar a cada dia. Com a explosão dos dispositivos conectáveis à internet (celulares, tablets, wearables como o smartwatch ou o smartglass, e tantos outros dispositivos tecnológicos emergentes), a IoT virou uma possibilidade que se expande cada vez mais.
A lógica é simples: se é possível conectar-se à internet, é possível utilizar a IoT para integrar, mensurar e analisar os dados captados/utilizados por aquele dispositivo. As possibilidades são inúmeras, e funcionam para basicamente qualquer setor ou empresa que tenha uma estrutura mínima de tecnologia, e saiba como utiliza-la como propulsor de inovação.
Gary Atkinson, ex-diretor de tecnologias emergentes da AMR, empresa pioneira em utilização de IoT em negócios, declarou no final de 2015 no evento iotdesign, que a estimativa de empregos para o desenvolvimento dessa tecnologia chegaria a um milhão em 2020.
“A internet das coisas está abrindo um mundo de incorporações para novos desenvolvedores que estão atualmente trabalhando no espaço de aplicativos móveis ou web. Precisamos aproveitar essa criatividade” – disse Atkinson. “50% dos desenvolvedores de aplicativos móveis manifestaram interesse em mudar para o IoT” – completou. Lembrando que essa declaração foi dada a quase 2 anos atrás, quando a tecnologia ainda não era tão conhecida quanto hoje.
Nick O’Leary, especialista em tecnologia emergente da IBM, fez uma demonstração aonde mostrou o quão fácil pode ser conectar um dispositivo a um servidor baseado em nuvem e depois carregar dados e analisá-lo. Em 15 minutos no palco Nick realizou todo o processo, enquanto palestrava, e terminou a ação analisando os dados processados, ato que demoraria dias há alguns anos atrás, sem o uso da IoT. “A tecnologia está em um ponto em que as pessoas podem construir coisas e não precisam ser engenheiros”, disse O’Leary.
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(FONTE: www.electronicsweekly.com)
A Internet das coisas no mercado Brasileiro: Na conferência do Painel Telebras, no ano passado, Eduardo Trude, presidente da TELECO, comentou o sobre a possibilidade do brasil ter de 100 a 200 milhões de aparelhos conectados até 2025. Ele ressaltou a importância da IoT e disse que o salto em direção a esse avanço tecnológico depende apenas de um “empurrão” das empresas:
“A conectividade é o elemento principal, mas a contribuição em termos de receita da conectividade é menos de 5%. Hoje o que vemos é conexão de equipamentos de maior valor agregado. São navios, tomógrafos, tratores, colheitadeiras, porque é o que se viabiliza com o custo atual de conectividade” – Disse Trude “Para irmos à bilhões de objetos, esse preço da conectividade tem que baixar, o consumo de bateria tem que baixar. Começam a ter soluções no lado tecnológico mas vão ter que acontecer mudanças regulatórias, especialmente tributárias” – completou.
Você pode ver a matéria completa aqui.
(FONTE: http://www.convergenciadigital.com.br)
É notável que o mercado brasileiro ainda vê a Internet das coisas mais como tecnologia emergente do que como uma ferramenta de aumento de produção, redução de custo ou geradora de controle nos processos operacionais. É necessária uma evangelização a respeito das possibilidades da IoT. Um movimento de disseminação de informações que mostrem que essa tecnologia é menos sci-fi e mais real e escalável para o mercado brasileiro do que parece.
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